Prefeito contrata show de Ana Castela e dispara: o repertório é um lixo

Justificativa do alcaide, para a escolha controversa, seria o amor das crianças pela cantora

Se você acha que já viu de tudo na política brasileira, não se iluda. Ainda há muito por vir. A quantidade de municípios espalhados pelo país proporciona algumas situações, digamos, bizarras. 

Um prefeito do interior de Mato Grosso do Sul protagonizou mais uma delas, enquanto fazia um discurso na Câmara Municipal de Paranaíba, no dia 3 de fevereiro. O vídeo pode ser encontrado na abençoada internet, no canal oficial da casa legislativa. No momento em que anunciava os planos da área de cultura para 2025, o prefeito explanou sobre as festividades do aniversário da cidade e explicou a seleção dos artistas contratados, entre elas a “boiadeira”.

“’Ana Castela foi uma escolha minha, porque as crianças e adolescentes amam. Não me perguntem o repertório, eu acho um esculacho, um lixo, mas a molecadinha não tira o canto da boca”, justificou. “E aí o pai e a mãe têm que levar. Se não levar, o filho bate na mãe e no pai, fica bravo, então tem que ir a rainha da molecada aí com essas músicas loucas dela”, completou, de forma inusitada.

Alguns minutos antes, ele defendeu a ideia de contratar shows grandes, que tragam um público de, pelo menos, 10 mil pessoas. Planos ousados, afinal a população estimada no município é de pouco mais de 40 mil habitantes. “Se não for para mais de 10 mil pessoas, não faço, foi uma postura que adotei”, afirmou.

O alcaide também falou sobre o recente show de réveillon da cidade e a dupla sertaneja que comandou a grade: “Não me arrependi, mesmo após algumas cobranças. O Rick e Renner hoje não é mais um artista (SIC) de ponta. Não é mais um nome nacional, almejado pelos prefeitos do Brasil. É um show de 200 contos. Fiz na praça, lotou. Foi bom pro comércio”. 

Fazer show no réveillon não é fácil. Se o preço do cara é 500 contos, ele pede um milhão e meio. Se é um milhão, ele quer três. Então o réveillon não foi feito (SIC) por mau gosto, é que não achamos cantores, porque eles exploram por se tornar (SIC) a data de réveillon”, finaliza o político que, apesar de controverso, tem a sinceridade como a maior de suas virtudes.

Carlos Guerra

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