Carta de Key, viúva de Chrystian, toca na ferida da “mídia” com ausência de ética
À procura de cliques, “amadores” extrapolam na falta de escrúpulos
A vida imita a arte. Um famoso folhetim da Globo, a novela “Império”, trazia Paulo Betti no papel de Téo Pereira, um “influencer” (leia-se fofoqueiro digital) que ganhava a vida com cliques da web. Ética ou respeito pouco importavam para aquele personagem.
E eis que a vida real é bem pior. A passagem de Chrystian, triste e repentina para tanta gente que o admirava como artista, serve de trampolim para gente que ganha a vida com a tragédia alheia.
Canalhas de plantão, como se fossem abutres à procura de carne fresca, começaram a especular sobre a vida particular do cantor, como se isso fosse tema a se discutir em momento tão doloroso. E digo mais: ninguém tem esse direito. Não se mistura questões particulares com vida profissional, nunca.
Porém, nessa busca incessante de fama (temporária), custe o que custar, alguns levantaram relacionamentos antigos, filhos de outros casamentos e a ruptura com Ralf. Tudo pela audiência.
Culparam Ralf pela separação, veladamente, e depois por cumprir sua agenda de shows. Coisa típica de patetas que não sabem o que é profissionalismo.
O que não esperavam era a reação de Key Vieira, que viveu com Chystian por quase três décadas. A quem envio meus sentimentos e a mais profunda solidariedade. A viúva publicou uma “carta aberta” colocando suas dores e dando uma lição gratuita para aqueles que nunca aprenderão, infelizmente.
Peço um favor aos insensíveis que não respeitam a dor alheia: repensem suas atitudes. E ao grande público: não alimentem esse tipo de postura. E não sejam cúmplices de gente sem o mínimo de caráter.
Não se torne mais um urubu.
Carlos Guerra