“Alma Sertaneja II”, de Cezar & Paulinho, é tributo histórico ao cancioneiro sertanejo

CD e DVD, que conta com participação de  grandes ícones do segmento, já está nas lojas de todo o país

A dupla Cezar & Paulinho, que completa a marca histórica de quatro décadas de trajetória em 2015, consegue mais uma vez superar seus feitos. Depois do sucesso absoluto do CD e DVD “Alma Sertaneja”, lançado em 2011, os sertanejos apresentam uma continuação do projeto, seguindo a linha de resgate da música raiz proposta no primeiro.

Se a edição anterior contava com participações de peso como Chitãozinho & Xororó, Sérgio Reis e a saudosa Inezita Barroso, entre outros nomes, o álbum que chega agora às lojas de todo o Brasil, com distribuição da Radar Records,  traz outro desfile de ícones que têm seu nome inscrito na história do cancioneiro sertanejo.

São 24 canções, a maioria releitura de clássicos inesquecíveis e três inéditas, mas com a mesma temática: falar das coisas do campo, a natureza exuberante e contar histórias do homem que vive na simplicidade,  porém  em harmonia com a terra. “Doença de Caboclo”,  composição de Cezar e Miguel Costa, exemplifica bem essa sintonia na escolha do repertório do álbum, vigésimo oitavo na discografia da dupla.

“Minha Alma é Sertaneja”, outra inédita que surgiu de mais uma parceria de sucesso de Cezar e Jotha Luiz, abre o DVD, como se fosse um prólogo do que está por vir. Já nesta primeira faixa, o espectador pode conferir a riqueza dos detalhes do painel de LED que serve de cenário para a dupla. As imagens foram criadas para interagir com cada uma das canções que compõem o repertório.

O primeiro convidado especial vem logo na sequência. O apresentador Ratinho, do SBT, defensor da música caipira e amigo pessoal da dupla, aceitou o convite dos irmãos e, pela primeira vez na sua  carreira, participou de uma gravação de DVD. Coube ao carismático comunicador recitar os versos de “Cabocla Tereza” (Raul Torres/João Pacífico), um dos hinos que atravessam gerações.

Mococa & Paraíso interpretam “Colcha de Retalhos” (Raul Torres) ao lado dos anfitriões, deixando clara a química entre os artistas. Parceiro de composição de Cezar em diversos momentos da carreira, Paraíso foi também o primeiro produtor da dupla.

Terceira geração de cantadores da família, os filhos de Cezar _ que participaram da gravação da edição anterior _ voltam ao palco para mais uma vez cantar com pai e tio. Desta feita, Ed & Fábio trazem uma surpresa (entre tantas reservadas ao público), resgatando a primeira moda sertaneja gravada no país, composição de Cornélio Pires: “Jorginho do Sertão”.

Mais um representante da nova geração que respeita e admira a música de raiz, Rangel Costa também divide o palco em mais um clássico. A canção escolhida é “Índia” (J.A. Flores/Ortiz Guerrero/Vs. José Fortuna).  Marciano _ padrinho da dupla ao lado do saudoso João Mineiro _ foi mais um nome a prestigiar o novo trabalho dos irmãos, na faixa “Nova Flor” (Palmeira/Mário Zan).

Cezar & Paulinho se emocionam e  voltam a emocionar o público em um dos momentos mais marcantes do álbum: uma homenagem ao saudoso Tião Carreiro, tendo a viúva do violeiro, D. Nair, na plateia. Além de interpretarem “Pagode em Brasília” (Lourival dos Santos/Teddy Vieira), os irmãos resgatam trechos de uma gravação original de Tião Carreiro cantando com Paulinho outra obra-prima, fazendo da voz do mestre uma participação “in memorian” em “Companheiro do Ferreirinha” (Pinheirinho/Geraldo Galdino).

Na segunda metade do trabalho, Cezar & Paulinho fazem uma homenagem aos artistas que inspiraram sua carreira  e a de tantos outros nomes importantes das gerações futuras, no quadro batizado de “Espelhos da Música”. Com Caim, da dupla Abel & Caim, interpretam “Mãe Amorosa” (Tanabi/Aleixinho) e “Natureza” (Dino Franco). Ao lado de Léu (Liu & Léu) cantam “Boiadeiro Errante” (Teddy Vieira) e “A Caneta e a Enxada” (Teddy Vieira/Capitão Balduino).

Lourenço & Lourival relembram “Velha Porteira” (Hélio Alves/Zitinho) e “Relógio Quebrado” (José Russo/Teddy Vieira). “Mágoa de Boiadeiro”  (Nonô Basílio/Indio Vago) e “Seresteiro da Lua” (Pedro Bento/Cafezinho) foram as escolhidas para cantar ao lado de Pedro Bento & Zé da Estrada.

Coube a Craveiro & Cravinho, primeira geração dos cantadores e semente para mais duas delas, lembrar as velhas rodas de viola e interpretar “Moda da Mula Preta” (Raul Torres) e “Tristeza do Jeca” (Angelino de Oliveira).

Para coroar o trabalho _ gravado no auditório da Rede Século 21, com direção geral de Adriana Araújo _ todos voltam ao palco para deixar uma mensagem de fé, cantando com o Padre Antônio Maria a bela “Guia-me”, de autoria de Cezar, que assina a produção musical ao lado de Davi Allan. Uma benção final a um projeto inédito e ousado, que torna-se, desde já, álbum obrigatório de Cezar & Paulinho e da música brasileira.

Carlos Guerra / Assessoria de Comunicação 

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